
Neste final de semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o comando militar russo coloque armas nucleares de represália em posição de alerta grave. De acordo com a agência Reuters, Putin tomou a decisão após ouvir declarações que considerou “agressivas” de representantes de países integrantes da Otan.
O presidente foi até a TV estatal e deu a ordem ao seu Ministro da Defesa. “Como vocês podem ver, países do Ocidente não só tomam medidas não amistosas contra nós na dimensão econômica – eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país. Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as formas de deterrência do país estejam de prontidão”, declarou Putin.
A deterrência se trata do ato de impedir um ataque, prejudicando o agressor. E esse termo faz referência a unidades militares que incluem armas nucleares. A embaixadora dos Estados Unidos da ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a ordem de Vladimir Putin mostra que o líder está escalando o conflito de forma inaceitável.
Negociação
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que enviará uma delegação para negociar com os russos sem pré-condições. De acordo com a agência de notícias RT, que é ligada com o governo russo, os ucranianos tinham aceitado negociar, e a conversa aconteceria na Belarus.
Neste domingo, a Rússia afirmou ter enviado uma comitiva até o local. No entanto, o governo ucraniano se recusou, alegando que a Belarus não é um território neutro. Mas, após essa situação, o líder da Belarus, Alexander Lukashenko, teve uma conversa com Zelensky e o teria convencido a mandar representantes para a negociação com a Rússia.
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O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett se ofereceu para intermediar o fim dos impasses da Rússia em território ucraniano neste domingo (27), em uma conversa com o presidente Vladimir Putin.
Durante meses, a Ucrânia pediu a intermediação de Israel, que tem boas relações com os dois países em conflito. Assim, os Estados Unidos foram informados da oferta de intermediação e Bennett também alertou os ucranianos que iria ligar para Putin antes de fazer a chamada.