Foto: divulgação/R7
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Através do Ministério das Relações Exteriores, o Palácio do Planalto realiza consultas às companhias aéreas sobre a possibilidade de fretar uma aeronave para trazer os brasileiros retidos no continente africano, sobretudo na África do Sul. Até o fim da tarde desta quinta-feira (2), o governo brasileiro não havia fechado nenhum acordo. A estimativa do serviço consular brasileiro é que cerca de 280 brasileiros estejam presos no país, por conta da descoberta da variante Ômicron na região.

Vários países, incluindo o Brasil, fecharam as fronteiras para viajantes vindos da África do Sul e de outras nações vizinhas, como Botsuana, Namíbia, Lesoto, Zimbábue, Essuatíni e Moçambique. Latam e Azul são as duas companhias em operação no Brasil que possuem aeronaves com autonomia de voar direto para Johannesburgo e Cidade do Cabo sem escalas.

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Sob a condição de anonimato, um representante do Itamaraty explicou ao blog do Luiz Fara Monteiro, do R7, que as negociações com as companhias são demoradas, e entre as dificuldades estão os trâmites burocráticos e operacionais.

Como nenhuma dessas empresas voa regularmente para o continente africano, as companhias precisam providenciar ações como a contratação de alimentação a bordo, a contratação de serviços aeroportuários no exterior, o pagamento de taxas de sobrevoo para cada país incluído na rota e a escalação de várias equipes de tripulantes extras, uma vez que pilotos e comissários não deixariam a aeronave durante escalas.

Existe ainda a possibilidade de o Itamaraty fretar um avião de outra companhia. A Embaixada da África do Sul em Brasília há meses tenta convencer a Latam a retomar os voos regulares que a companhia realizava entre Guarulhos e Johannesburgo, interrompidos desde o início da pandemia. Mas ainda não recebeu resposta positiva.