Calor em Jundiaí. (Foto: Valdir Palma)
Calor em Jundiaí. (Foto: Valdir Palma)

Os cientistas meteorológicos do Copernicus Climate Change Service (C3S) anunciaram que o mês de setembro foi o mais quente da história. Anteriormente, o recorde era de setembro de 2019, que registrou apenas 0,05% a menos que 2020.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para o perigo de morte por hipertermia em partes do Centro-Oeste e do Sudeste, além de áreas do estado do Tocantins.

A meteorologista do Climatempo, Josélia Pegorim, essa onda de calor afetou principalmente a região Centro Oeste e o Estado de São Paulo. “Esta onda de calor que se instalou no Brasil no final de setembro e nos primeiros dias de outubro de 2020 será amplamente estudada pela academia porque está reescrevendo a climatologia de temperaturas no país, batendo recordes de calor de mais de cem anos”.

2020: ano mais quente?

Com a possibilidade de ser influenciado por outros fenômenos no resto do ano, 2020 pode se tornar o ano mais quente da história. Atualmente, o título é de 2016 e de acordo com os especialistas, as anomalias de temperatura média global são semelhantes entre os dois anos.

Assim, um dos impactos deste feito é o derretimento do Ártico, que é monitorado todos os meses. “Em 2020, foi registrado um declínio estranhamente rápido da extensão de gelo do mar Ártico durante Junho e Julho, na mesma região onde se registaram temperaturas acima da média, pré-condicionando o mínimo de gelo do mar para ser particularmente baixo este ano”, explica Carlo Buontempo, Diretor do C3S.

Além disso, o especialista também informa que isso deve realçar a importância do monitoramento que aquece mais do que outras partes do mundo.

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