
O governo brasileiro confirmou na manhã desta terça (10) a morte de Ranani Glazer, 23 anos, após ataque terrorista realizado pelo grupo Hamas a uma rave em Israel.
Glazer estava com a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman, em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza no sábado (7) quando a rave foi invadida por militantes do grupo terrorista palestino. O ataque foi violento, com homens armados cercando o local, lançando granadas e disparando contra os participantes.
Rafael Zimerman, um dos sobreviventes, relatou que os três conseguiram fugir e se esconder em um abrigo ao ouvirem os primeiros disparos. No entanto, ao deixarem o abrigo, perderam o contato com Glazer. “Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia. Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela”, relata Zimerman.
O número de vítimas da tragédia ainda não está claro, com mais de 260 mortes relatadas na rave. Não se sabe se o brasileiro está incluído nessa cifra ou se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.
Participantes do evento descreveram um cenário de pânico, com alertas de foguetes ao amanhecer seguidos por tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, relatou uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar nas redes sociais, lamentando a morte de Glazer. “O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, afirma a nota.