Pessoas segurando planeja verde
Foto: Envato Elements

No mundo empresarial as revoluções são constantes, com inovações acontecendo em todas as estruturas e muitas delas provocando mudanças no comportamento do conjunto da sociedade. Grandes conglomerados com atuação em todo o planeta adotam estratégias de gestão que obrigam toda a cadeia de suprimentos a buscar alinhamento para sobreviver no ambiente de negócios.

Essas táticas modernas levantam barreiras de entrada e saída, com uma filosofia baseada nos conceitos de governança, cidadania e sustentabilidade ambiental. A sinergia entre os grupos de interesses é primordial para a sobrevivência das companhias em uma sociedade em transformações breves.

“Vamos investir em mais catadores de recicláveis e pontos de entrega voluntária por parte dos consumidores, hoje são 400 pontos disponíveis e vamos ampliá-los pelo estado”. Esse não é um discurso de um politico em época de campanha eleitoral. É a fala do Presidente de uma grande cervejaria durante um evento para divulgar uma parceria com o governo do Estado de São Paulo.

E o executivo foi além dizendo que a empresa irá ofertar energia verde para os restaurantes e bares. Segundo ele a intenção da companhia é levar energia renovável para 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras até o ano 2030; além de ter a neutralização das emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor até 2040. Uma missão desafiadora que em parceria com o setor público a propensão ao sucesso tem baixa margem de erro. O Estado de São Paulo e sempre o espelho para o demais e espero que os municípios venham a aderir a essa novidade.

[tdj-leia-tambem]

O Lucro ainda é objetivo principal das estruturas capitalistas, mas para alcançar esse fim é necessário mirar outros alvos que fortaleçam a afirmação da marca no meio ambiente social. Acredito que os gestores públicos devem caminhar nessa direção para atingir seus projetos de campanha, pois agregará mais atributos para atrair os investimentos suficientes para melhorar as condições da demanda e ativar a economia local.

A infraestrutura social das cidades é essencial para o desenvolvimento das relações entre os agentes, é importante salientar que o setor privado um vez estimulado poderá contribuir com contrapartidas permanentes. “Tudo flui, nada permanece” Heráclito de Éfeso 470 AC

Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.