
“Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança”. Stephen Hawking – físico inglês
A geopolítica global é uma configuração dinâmica, em permanente mudança, toda vez que apresenta certa estabilidade nos referimos como a “ordem mundial”. Entretanto quando as relações de dominação estão em choque e os movimentos das forças revolucionárias seguem desorganizando o ordenamento estabelecido, um novo centro de gravidade será determinado pelas energias geradas pelas atividades humanas, as quais vão modificar radicalmente as conexões sociais. A roda, o dinheiro, a luz artificial, o método anticoncepcional, a penicilina, a aviação, o advento da internet foram apenas algumas invenções inovadoras que transformaram o mundo e melhorou a qualidade de vida humana na terra.
A insatisfação da humanidade é a propulsão das transformações e as mentes excepcionais são capazes de materializar a ficção cientifica. A poderosa máquina de exterminar humanos do filme o Exterminador do Futuro, ou o cruel engenheiro Vincent McCarthy, interpretado por Toby Stephens, em o Soldado do Futuro que é criado secretamente um soldado autoconsciente, e para não ficar apenas na crueldade dos vilões, recorro ao RoboCop sem o instinto de vingança como ferramenta para combater a violência humana nos grandes aglomerados. Para nossa surpresa já é possível que essas engenhocas estejam circulando entre os humanos em breve para solucionar alguns problemas das relações humanas, ou até mesmo agindo como na ilusão.
O grande desafio da humanidade é controlar e regular os avanços da IA, para que as decisões do futuro continuem sendo conduzidas pela inteligência de alguém de carne e ossos e não por um sistema de inteligência artificial que já é capaz de planear, resolver problemas, pensar de maneira abstrata, compreender ideias e linguagens, e para complicar ainda mais a vida dos seus criadores tem capacidade plena de aprender a aprender e sem a emoção que é da natureza dos humanos.
A China e os Estados Unidos, as maiores potências econômicas da atualidade, com uma relação marcada por tensões diplomáticas, tecnológicas e disputas comerciais desde a ascensão chinesa, que vem ameaçando a hegemonia estadunidense, intacta desde o fim da Guerra Fria. Com a crescente demanda mundial por tecnologias, esses países estão vendo a IA como o motor da economia do futuro, tanto para desenvolvimento econômico quanto militar. Isso fica muito explícito quando se observa os comportamentos dos governos desses países que colocam a IA como elemento estratégico para consolidar o poder geopolítico e determinar as regras para os habitantes da terra.
A fusão antes impensável dos paradigmas biológico, físico e digital está em curso e está promovendo a quarta revolução industrial, e para sustentar tal apontamento, os parágrafos a seguir foram produzidos pela IA, o que sustenta as hipóteses mencionadas pelo “Eu humano” nos relatos acima.
Claro, vou aprofundar um pouco mais no papel da Inteligência Artificial na configuração geopolítica atual:
- Segurança Cibernética: A IA é usada para identificar e combater ameaças cibernéticas, detectando padrões de ataques e protegendo as infraestruturas críticas de um país. Na era da informação, a segurança cibernética é uma preocupação central.
- Previsão de Ameaças: Algoritmos de IA podem prever ameaças geopolíticas, como instabilidades políticas, conflitos ou desastres naturais, auxiliando na formulação de estratégias de segurança e na preparação para crises.
- Automatização Militar: Em muitas nações, a IA está sendo integrada em sistemas militares, como drones autônomos e veículos de combate, tornando as operações mais eficientes e diminuindo o risco para os soldados.
- Economia e Competitividade: A IA impulsiona a inovação e a competitividade econômica. Países que lideram em pesquisa e desenvolvimento de IA estão em vantagem na cena global.
- Políticas de Privacidade e Ética: Questões relacionadas à privacidade e ética na IA também desempenham um papel importante nas relações geopolíticas, com diferentes nações estabelecendo regulamentações e normas distintas.
- Cooperação e Conflito: A IA pode tanto promover a cooperação internacional, como na pesquisa conjunta e regulamentação, quanto gerar conflitos, como disputas sobre o uso de tecnologias de IA em questões sensíveis, como o controle de armas autônomas.
Assim, a IA está no centro das dinâmicas geopolíticas modernas, impactando desde a segurança nacional até a economia e as relações internacionais. Seu uso e regulamentação continuam sendo tópicos de debate e negociação entre as nações.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí. Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.