
Os incêndios florestais que envolvem Los Angeles neste início de 2025 estão causando uma devastação sem precedentes. Pelo menos cinco vidas humanas já foram perdidas, além da dizimação da fauna e flora, construções reduzidas a cinzas e mais de 100 mil pessoas forçadas a abandonar suas casas. Ventos intensos espalham rapidamente as chamas, dificultando os esforços de combate e levando os recursos de emergência ao limite.
Segundo os relatos, o cenário é apocalíptico: céu vermelho, coberto por uma espessa camada de fumaça, e com as explosões de botijões de gás como trilha sonora. Parece uma zona de guerra, mas estamos diante de uma tragédia anunciada pelo descaso humano. Mais de 1 milhão de residências e empresas ficaram sem energia no dia 8 de janeiro, agravando ainda mais o sofrimento das comunidades atingidas.
Esses incêndios não são isolados. Fazem parte de uma sequência crescente de desastres naturais extremos, como as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul no ano passado e o megaincêndio que consumiu o Havaí em 2023. A causa comum? O desequilíbrio climático.
O aumento das temperaturas globais, impulsionado pela emissão desenfreada de gases de efeito estufa, cria condições ideais para incêndios florestais. Ventos fortes, vegetação seca e calor extremo transformam pequenos focos em infernos incontroláveis.
Se não agirmos agora para reduzir drasticamente as emissões de carbono, proteger nossas florestas e adotar práticas sustentáveis, a frequência e a intensidade desses desastres só aumentarão. Estamos colocando em risco não apenas a segurança das comunidades locais, mas a própria estabilidade do planeta.
No entanto, a responsabilidade não é apenas de governos e organizações. Cada cidadão tem um papel a desempenhar. Precisamos exigir que empresas se comprometam com práticas de desenvolvimento que não sacrifiquem o meio ambiente e pressionar os governos a priorizarem políticas públicas voltadas à preservação ambiental e ao combate às mudanças climáticas.
O incêndio de Los Angeles é um lembrete doloroso de que o tempo está se esgotando. A humanidade precisa enfrentar a crise climática com urgência e determinação, antes que nossos céus vermelhos se tornem permanentes e nossa Terra, irreconhecível.
É hora de agir. O futuro depende de nós.
Artigo escrito por Miguel Haddad. Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		