
Os Desastres Naturais são fenômenos que geram impactos nas sociedades humanas trazendo consequências catastróficas para as pessoas. Obviamente muitos desses representam o ciclo natural da terra e a ciência ainda não desenvolveu instrumentos precisos de previsibilidade, osquais podem ajudar a amenizar as consequências negativas sobre a vida e a economia. Atualmente, alguns eventos climáticos têm aumentado de maneira significativa, e os cientistas levantam hipóteses de que as atividades humanas têm estimulado as reações bruscas e constantes da natureza para a manutenção dos ecossistemas e formação de outros para manter o equilíbrio do planeta, o que para a vida humana é grave ao ponto dos especialistas classificarem como desequilíbrio natural.
Os desastres naturais de longa duração como erupções vulcânicas, nevascas e as estiagens são os grandes responsáveis pelos êxodos na breve jornada da vida humana na terra. Esses fenômenos provocam interrupções nas atividades humanas, atingindo principalmente a produção agrícola, a responsável pela segurança alimentar. Outras manifestações da natureza como terremotos, furações e inundações apesar de provocar muitasdestruições na infraestrutura social, o impacto sobre a vida vem reduzindo cada vez mais, devido àsações das organizações públicas e privadas voltadas a prevenção e ao socorro imediato em caso de desastres não detectados, obviamente utilizando as tecnologias disponíveis.
A cooperação entre as nações e o avanço da ciência ainda não conseguiram diminuir os impactos sobre a economia nas regiões atingidas, apesar de alguns avanços, como na produção de alimentos em regiões de baixo índice pluviométricos, com a adaptação de plantas geneticamente modificadas e o melhoramento genético de animais resistentes às intempéries do tempo. Esses avanços da ciência voltada a estimular a eficiência produtiva na cadeia de produção de comida são mais uma demonstração do grande equívoco da teoria econômica de Thomas Malthus que defendia o controle de natalidade e o extermínio de pobres,pois não haveria alimentos suficientes para todos e as guerras seriam motivadas pela necessidade do suprimento das necessidades fisiológicas.
Obviamente essas catástrofes naturais ocorrem em toda a terra, mas com impactos mais nocivos em regiões com populações pobres e carentes de infraestrutura social como exemplos os terremotos do Haiti um abalo, de magnitude sete na escala Ritcher causou a morte de 300 mil pessoas, deixando mais de 1,5 milhões de desabrigados, além de agravar as condições de miséria no país. No mesmo ano um tremor na mesma magnitude atingiu o Chile assustando os moradores sem desabamentos, claro que essa discrepância nos efeitos é o resultado da ciência aplicada naengenharia de construção e a seriedade dos órgãos de fiscalização e controle.
Nessa mesma linha de comparações a humanidade presenciou prédios de edifícios desabando como castelos de areia na Turquia durante um terremoto e matando centenas de milhares de humanos soterrados nos escombros e a justificativa estava na fiscalização das obras pelos burocratas da ditadura turca, que corrompidos não obedeciam às normas técnicas. Por outro lado o Japão sofre abalos sísmicos rotineiramente e os arranha-céus apenas dançam como se estivessem festejando mais uma manifestação da mãe natureza.
A gritaria da humanidade consciente em defesa dos ecossistemas naturais está alicerçada no conhecimento cientifico acumulado e nos compromissos com as novas gerações para a permanência da vida humana na terra. Mesmo porque a esfera não sofrerá deformações em suas estruturas com a extinção da humanidade da sua superfície.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí. Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.