sinal combate a violência contra mulher
Foto: Governo de SP

Um simples movimento pode significar um pedido urgente de ajuda. O gesto de dobrar o polegar sobre a palma da mão e fechar os dedos sobre ele é hoje o sinal universal de socorro contra a violência contra mulher. Adotado pelo Protocolo Não se Cale, do Governo de São Paulo, ele transforma bares, restaurantes e espaços de lazer em pontos de apoio para vítimas de assédio ou agressão.

Protocolo Não se Cale: 21 dias de mobilização

A campanha “SP Por Todas: 21 Dias por Elas” foi lançada no dia 20 de novembro. Ela promove ações de prevenção e enfrentamento à violência contra mulher durante 21 dias consecutivos. Essa mobilização integra os “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, liderados pela ONU Mulheres. No Brasil, a campanha vai do Dia da Consciência Negra (20/11) até o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12).

Como funciona o gesto de ajuda silenciosa

Inspirado pelo movimento internacional #SignalForHelp, o sinal é simples e eficaz:

  1. Mostre a palma da mão aberta para fora;
  2. Dobre o polegar em direção ao centro da mão;
  3. Feche os demais dedos sobre o polegar, como se o “aprisionasse”.

Quando identificado por profissionais capacitados, o protocolo determina que a vítima seja imediatamente retirada do alcance do agressor e levada a um local seguro.

Capacitação gratuita e acessível

O curso Protocolo Não se Cale é gratuito, online e com 15 horas de duração. Em parceria com o Procon-SP e a Univesp, ele ensina a reconhecer situações de risco e como preservar provas. As inscrições estão disponíveis nos sites da Secretaria da Mulher e do Procon-SP. Mais de 127 mil pessoas já se inscreveram. Dessas, 83 mil já estão certificadas para atuar.

sinal combate a violência contra mulher
Foto: Governo de SP

Expansão da rede de apoio

Criado em 2023 pela Secretaria de Políticas para Mulheres, o protocolo já levou orientação a cerca de 5 mil estabelecimentos em 290 municípios. O Procon-SP é responsável por fiscalizar a aplicação da lei, que exige a capacitação das equipes e a afixação de cartazes informativos.

Desde 2025, a iniciativa também alcança academias, em parceria com o Conselho Regional de Educação Física (CREF). Esses ambientes, onde há contato físico frequente, são agora parte da rede de proteção.