
Criado para reforçar a rede de proteção às mulheres vítimas de violência, o aplicativo SP Mulher Segura já soma 34,5 mil usuárias ativas e representa um dos principais avanços recentes na segurança pública paulista.
Desde o lançamento, em março de 2024, a ferramenta registrou 1,3 mil boletins de ocorrência feitos diretamente pelo celular, uma alternativa que dispensa deslocamento até a delegacia e permite atendimento 24 horas por dia.
O recurso que mais tem se destacado é o botão do pânico, disponível para mulheres com medidas protetivas. Quando acionado, o aparelho envia imediatamente a localização da vítima ao Copom, que direciona uma viatura para o endereço. Desde sua criação, o botão já foi utilizado 4 mil vezes, acionando equipes da Polícia Militar em situações de emergência.
Registro de B.O., geolocalização e links de acolhimento
Além do botão de emergência, o aplicativo permite registrar boletins de ocorrência com rapidez. O documento exige apenas dados básicos, como informações pessoais, relação com o agressor e número de filhos.
A plataforma ainda reúne links essenciais da rede estadual de apoio, incluindo Defensoria Pública, Ministério Público e a Secretaria de Políticas para a Mulher do Estado, com acesso direto ao protocolo “Não se Cale” e ao Portal da Mulher Paulista.
“Um grande avanço”, avalia coordenadora das DDMs
O serviço tem sido visto como um marco na política de proteção às mulheres.
“A criação do aplicativo foi um grande avanço, porque permite que a mulher tenha informações sobre os serviços prestados pelos órgãos públicos em apoio à violência, além do botão do pânico: quando ela tem uma medida protetiva decretada, ela pode acionar o botão do pânico e imediatamente uma viatura será deslocada para o local de risco”, diz Adriana Liporoni, delegada e coordenadora das DDMs.
O SP Mulher Segura foi desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e está disponível gratuitamente para dispositivos iOS e Android.
Aumento das medidas protetivas em SP
O fortalecimento da rede de atendimento também se reflete no número crescente de medidas protetivas. Entre janeiro e julho de 2025, o estado contabilizou 67.990 pedidos, um aumento de 22,3% em comparação ao mesmo período de 2024.
“21 Dias por Elas”: mobilização estadual em andamento
O Governo de São Paulo também iniciou, em novembro, o movimento “SP Por Todas: 21 Dias por Elas”, alinhado à campanha internacional da ONU Mulheres. A programação reúne ações e serviços de conscientização para combater e prevenir a violência contra mulheres ao longo de 21 dias, encerrando-se em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.