
Na madrugada deste domingo (1º), nove pessoas – uma mulher e oito homens – morreram pisoteadas e sete ficaram feridas, durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, depois de uma perseguição policial com troca de tiros, segundo Polícia Civil.
Os policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) faziam a Operação Pancadão na região de Paraisópolis, quando dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra os agentes e fugido em direção ao baile.
De acordo com a polícia, as equipes da Força Tática revidaram as agressões com munições químicas para dispersão e houve um disparo no meio da multidão, que ocasionou a correria.
Mas segundo a mãe de uma adolescente de 17 anos que estava no local e foi atingida por uma garrafa, os policiais fizeram uma emboscada contra as pessoas que estavam no baile.
“Eu não sei o que aconteceu, só vi correria, e várias viaturas fecharam a gente. Minha amiga caiu, e eu abaixei pra ajudá-la”, disse. “Quando me levantei, um policial me deu uma garrafada na cabeça. Os policiais falaram que era pra colocar a mão na cabeça”, relata a jovem.
Ainda de acordo com testemunhas, os policiais agrediram pessoas que estavam no local, com garrafas, cassetete e spray de pimenta. Após o episódio, o governador João Doria (PSDB) pediu uma “apuração rigorosa” do episódio.
“Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio”, escreveu Doria, no Twitter.
Operação Pancadão
A força-tarefa vem sendo realizada periodicamente em toda a capital “para garantir o direito de ir e vir do cidadão e impedir a perturbação do sossego, fiscalizando a emissão ruídos proveniente de veículos”, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
As informações são do G1.