(Foto: Facebook / Reprodução)
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Um adolescente de 13 anos matou a mãe e o irmão mais novo, de 7 anos, a tiros dentro de casa, no último sábado (19), na cidade de Patos, na Paraíba. O pai do jovem guardava, em sua residência, uma arma de fogo, por seu trabalho como policial militar. Ele também foi baleado, mas sobreviveu, após ser socorrido a um hospital da região.

O delegado Renato Leite contou, em entrevista à “TV Sol” publicada em vídeo na página da emissora no Facebook, que a ação foi motivada por uma discussão sobre notas baixas que o jovem estaria levando na escola. Além disso, ele também queria continuar a jogar online e, conforme disse em depoimento, se sentiu “pressionado” por cobranças tanto para estudar quanto para cumprir com suas tarefas domésticas. “Estava tirando notas baixas porque em casa só queria saber de estar jogando esse jogo. O menino, quando era cobrado pra arrumar uma cama ou então enxugar uma louça, disse ele que se sentia pressionado. E por esse motivo hoje foi a gota d’água. E ele se armou com a arma do pai e fez o que fez, infelizmente” disse o delegado.

Segundo o jornal O Globo, Leite afirmou que o pai do estudante tinha dado uma saída rápida para comprar um remédio para a mãe, que estava com dor de dente e, naquele momento, dormia no quarto do casal. Antes disso, porém, pegou o celular do filho por causa do mal desempenho escolar. O jovem então pegou a arma de fogo, que estava “bem guardada” em um “armário de ferro fechado” no escritório do pai, conforme descreveu o delegado.

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O barulho do tiro assustou o irmão mais novo, que estava em seu próprio quarto. O delegado disse que a criança começou a brigar com o adolescente quando percebeu o que tinha acontecido. O autor então chegou a correr atrás do menino para atirar nele também. Durante essa situação, o pai chegou à casa. A arma foi apreendida, encaminhada pra perícia, e o menor aguarda num local adequado a manifestação judicial e do Ministério Público.

O adolescente disse que o pai já havia mostrado a arma para ele, por curiosidade, mas negou que a tenha usado em outro momento. O PM aposentado, baleado no tórax, foi levado inicialmente ao Hospital Regional de Patos, mas a gravidade dos ferimentos provocou um pedido de transferência para o Hospital de Trauma de Campina Grande.