Fachada Hospital Universitário
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Na manhã desta quinta-feira (25), às 9h30, o Hospital Universitário (HU) de Jundiaí divulgou novo boletim médico sobre o bebê de 1 ano e 3 meses, vítima de violência, que segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a nota, o estado de saúde é considerado “extremamente grave”, com a criança respirando com auxílio de aparelhos e em risco iminente de óbito.

A unidade informou ainda que o protocolo de avaliação para confirmação de morte encefálica já foi iniciado.

Boletim médico na íntegra

“Nota ref. M. L, bebê de 1 ano e 3 meses
25/09 – 9h30
O bebê continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário, em estado extremamente grave. Segue respirando com o auxílio de aparelhos e permanece em risco iminente de óbito. Foi iniciado o protocolo de avaliação para confirmação de morte encefálica”.

Histórico de violência e reincidência

O caso ganhou grande repercussão pela gravidade e reincidência. Na sexta-feira (19), o bebê foi socorrido em estado grave e levado ao HU pelo SAMU, após ser transferido da UPA Vetor Oeste. A criança chegou entubada, em coma, com múltiplas lesões pelo corpo, fraturas, queimaduras e sinais de agressão. Antes de ser estabilizada, sofreu quatro paradas cardíacas.

Não foi a primeira vez que a vítima precisou de atendimento médico. Desde fevereiro, o bebê já havia dado entrada no hospital com mordidas, machucados nos braços e sinais de desnutrição. A cada internação, os ferimentos variavam, levantando fortes indícios de maus-tratos contínuos.

Na ocasião, o Conselho Tutelar chegou a acompanhar o caso, mas perdeu contato com a família após a mãe mudar de endereço sem notificação ao órgão.

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Mãe está presa preventivamente

A mãe da criança, de 23 anos, foi presa em flagrante ainda no dia do resgate, depois que uma médica acionou a polícia ao identificar os ferimentos graves. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a prisão preventiva da mulher, já indiciada anteriormente por lesão corporal.

A Polícia Civil apura o caso como violência doméstica e lesão corporal. Testemunhas estão sendo ouvidas e provas coletadas para apurar todas as responsabilidades.

CPI e sindicância sobre o Conselho Tutelar

A Câmara Municipal de Jundiaí aprovou, por unanimidade, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas omissões do Conselho Tutelar no acompanhamento da criança.

Paralelamente, a Prefeitura de Jundiaí solicitou a abertura de sindicância para apurar a atuação do Conselho Tutelar III. A Secretaria também pediu o afastamento cautelar dos conselheiros envolvidos, enquanto a investigação segue sob responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), do Ministério Público e da Vara da Infância.

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