Duas viaturas estacionadas em frente ao prédio do Plantão Policial de Jundiaí
Foto: Arquivo Pessoal

O caso do bebê espancado em Jundiaí continua a chocar. O Tribunal de Justiça (TJ-SP) manteve a prisão preventiva da mulher de 23 anos, suspeita de agredir a filha. A criança, de apenas um ano e três meses, foi socorrida em estado grave e segue internada em estado gravíssimo na UTI do Hospital Universitário.

Denúncia partiu de médica que atendeu a vítima

A agressão veio à tona na tarde de sexta-feira (19), quando a polícia prendeu a mulher em flagrante após denúncia que partiu de uma médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vetor Oeste. Conforme o boletim de ocorrência, a profissional identificou ferimentos compatíveis com espancamento.

A criança apresentava fratura na clavícula, queimaduras no couro cabeludo e múltiplas lesões corporais. Dessa forma, diante da gravidade, a transferiram imediatamente para o Hospital Universitário (HU), onde permanece sob cuidados intensivos.

Histórico de violência repetida

De acordo com o delegado Paulo Sérgio Martins, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em outras duas ocasiões houve acionamento do Conselho Tutelar envolvendo a mesma criança.

“Ela tinha lesões antigas, fraturas calcificadas e mordeduras na perna e no braço, isso já deixa a gente meio apreensivo com o que pode ter ocorrido. (…) O Conselho Tutelar foi acionado outras duas vezes e agora nesta terceira vez ela tinha esse tipo de lesão, fratura de clavícula, de costela, edemas no rosto, queimadura no couro cabeludo”, disse.

Prisão convertida em preventiva

Assim, a mulher segue presa no Centro de Triagem de Itupeva (SP). A Justiça converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva, medida que garante que ela permaneça detida até o julgamento. Ela responderá por lesão corporal de natureza grave no âmbito da violência doméstica.

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