Pablo Marçal
Foto: Reprodução/Canal UOL

A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal (PRTB), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, nesta sexta-feira (8), pelo uso de documento falso. A acusação surge após Marçal divulgar um laudo médico fraudulento nas redes sociais, direcionado contra Guilherme Boulos (PSOL), seu oponente nas eleições municipais.

O laudo divulgado acusava Guilherme Boulos de consumo de drogas e internação por surto psicótico. A postagem foi feita no dia 5 de outubro, um dia antes do primeiro turno das eleições, com o objetivo aparente de impactar a imagem de Boulos.

Depoimento de Marçal e a negativa de envolvimento

Nesta sexta-feira (8), Pablo Marçal prestou depoimento por aproximadamente três horas na Superintendência Regional da Polícia Federal, localizada na região da Lapa, zona oeste de São Paulo. Durante o depoimento, o ex-coach alegou que a postagem foi realizada por sua equipe de campanha, negando qualquer envolvimento direto com a divulgação do laudo.

Logo após a publicação do documento, a filha do médico José Roberto de Souza, apontado como autor do laudo, desmentiu a autenticidade do documento. Ela afirmou que seu pai faleceu em 2022 e que ele nunca atuou em tratamentos relacionados a dependência química.

Em 7 de outubro, um dia após o primeiro turno das eleições, a perícia da Polícia Federal concluiu que a assinatura no documento divulgado era falsificada. Os peritos analisaram várias assinaturas do médico José Roberto de Souza e confirmaram que a assinatura no laudo não correspondia à dele.

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Medidas judiciais e suspensão de perfil

Antes da publicação do laudo falso, Boulos apresentou um exame toxicológico durante um debate na TV Globo, em resposta a rumores sobre seu histórico pessoal. Após a postagem de Pablo Marçal, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou a suspensão de seu perfil no Instagram por 48 horas.

Após a conclusão do inquérito policial, Pablo Marçal foi formalmente indiciado, o que indica que há indícios suficientes de que ele cometeu o crime. O próximo passo é o procurador decidir se irá denunciar o indiciado ou arquivar o caso. Além da investigação da Polícia Federal, a Justiça Eleitoral também apura o caso. Em caso de condenação, Marçal pode ter seus direitos políticos cassados.

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