
Um casal suspeito de manter um filho adotivo de 14 anos preso em uma espécie de caixa na garagem de casa, na cidade de Júpiter, foi preso pela polícia da Flórida (EUA). Segundo o canal CBS12, os policiais, ao cumprirem o mandato de busca e apreensão, encontraram uma câmera de monitoramento no local, e viram imagens de abuso físico e emocional.
Tracy e Thimothy Ferrier, ambos de 46 anos, procuraram a polícia no dia 28 de janeiro para relatar o desaparecimento do adolescente, filho adotivo que criam junto com outras quatro crianças. Dois dias após a denúncia, policiais foram até a casa e ficaram intrigados quando encontraram o cubículo de pouco mais de 6 metros quadrados.
Lá, havia apenas um balde, um colchão e a câmera. Além disso, a porta possuía um trinco para travá-la apenas pelo lado de fora, assim como o interruptor de luz. Ao ser questionado sobre a utilidade do cubículo, Tracy titubeou e mudou de resposta várias vezes. Disse primeiro que era um escritório e depois que seria um depósito, antes de dizer que era uma “sala utilizada por seus filhos”.
No dia seguinte, os investigadores encontraram o garoto na escola e ouviram dele um relato que reforçou as suspeitas de que havia algo errado. O adolescente disse que fugiu porque “sentia que ninguém o amava” e revelou ser vítima de maus-tratos, explicando que muitas vezes ficava preso por 18 horas no pequeno local, onde usava um balde como banheiro e fazia a própria limpeza. Ele só podia sair para ir à escola.
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O menino também detalhou alguns abusos físicos, como ser atingido com objetos como um cinto e uma corda de pular, além de levar cusparadas. De acordo com o relatório, ele chegou a implorar para ser levado à prisão, pois não queria voltar para casa.
O casal foi preso por abuso infantil e cárcere privado, com uma fiança de R$ 50 mil estabelecida para responderem em liberdade. O juiz determinou que nenhum deles tenha contato com os filhos, a não ser acompanhados por uma autoridade.