
Nesta segunda-feira (15), o Ministério Público de Piracicaba e a Receita Federal atuaram na segunda fase da operação Arinna, que investiga uma organização criminosa que adulterava combustíveis. Um dos 11 mandados de busca e apreensão da operação aconteceu em Jundiaí.
De acordo com a investigação, na cidade atuava a sede de uma das empresas de fachada para o funcionamento do esquema criminoso.
“Para permanecerem ocultos nas operações de importação e comercialização dos produtos citados, foram utilizadas contas de terceiros, que acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no transcorrer de três anos. De todos investigados na segunda fase, os recursos financeiros movimentados estão estimados em R$ 4,8 bilhões“, diz a operação.
No total, foram deferidos 11 mandados em nove cidades entre São Paulo e Mato Grosso:
- Valinhos (SP);
- Ibaté (SP);
- Paulínia (SP);
- Ribeirão Bonito (SP);
- Araraquara (SP);
- Indaiatuba (SP);
- Jundiaí (SP);
- Cuiabá (MT);
- Cocalinho (MT).
A segunda fase da operação Arinna acontece depois da quebra de sigilo de dados fiscais e bancários, o que permitiu a identificação do caminho percorrido pelo dinheiro, dos financiadores aos principais beneficiários finais.
Ainda de acordo com a investigação, os “chefes” da quadrilha são grandes devedores da Fazenda Nacional e de São Paulo. O grupo teria sonegado R$ 270 milhões em impostos federais. A operação apreendeu documentos, eletrônicos e celulares.
Os criminosos adulteravam combustíveis e também um tipo de reagente usado em veículos movidos a diesel para redução de poluente.