
Criminosos estão explorando a boa-fé das pessoas em um novo tipo de fraude bancária: o golpe do PIX por engano. O esquema é simples, não exige acesso à conta da vítima nem roubo de senhas, mas se aproveita da honestidade de quem tenta devolver um valor recebido indevidamente.
O número de tentativas de golpe é crescente: de acordo com o Banco Central, foram quase 5 milhões de pedidos de devolução de PIX em 2023, quase o dobro do registrado no ano anterior.
Como funciona o golpe do PIX errado?
O golpe começa com um PIX inesperado, geralmente de R$ 1 mil, sendo creditado na conta da vítima. Em seguida, o criminoso entra em contato dizendo que houve um erro, e pede que o valor seja devolvido — mas para outra conta (não a que enviou o Pix).
Muitas vítimas, acreditando na história, transferem o dinheiro de volta. No entanto, o golpista também solicita ao banco o estorno da primeira transferência. Com isso, a vítima fica com o prejuízo em dobro: perde o valor devolvido e ainda tem o PIX original cancelado.
Como se proteger?
A maneira correta e segura de devolver um PIX é utilizando o recurso oficial do Banco Central chamado MED – Mecanismo Especial de Devolução. Para isso, basta:
- Acessar o aplicativo do seu banco;
- Abrir o extrato do PIX;
- Localizar a transação recebida;
- Clicar na opção “Devolver este PIX”.
Ao fazer isso, o valor retorna para a mesma conta que enviou o PIX. Dessa forma, mesmo que o golpista tente cancelar a transferência, o sistema evita que a vítima tenha prejuízo.
Nunca devolva um PIX manualmente para outra chave ou conta informada por telefone ou mensagem. Se o pagamento foi realmente um erro, o próprio remetente pode acionar o banco para recuperar o valor via o MED.