Em carta escrita na prisão, Monique diz: ‘Fui a melhor mãe que Henry poderia ter tido’

Após um mês da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, a mãe Monique Medeiros e padrasto, o vereador Dr. Jairinho (sem partido)  foram presos sendo acusados de homicídio. Na prisão, a mãe de Henry escreveu uma carta de 29 páginas, contando uma nova versão dos fatos. No relato, ela diz que não acobertou nenhuma agressão ao filho, que morreu em 8 de março.

Segundo Monique, ela não merece “estar sendo condenada por um crime que não cometi” e que sempre foi uma boa mãe. “Sempre fui uma boa pessoa e não mereço estar sendo condenada por um crime que não cometi. Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry. Nunca encostei um dedo nele, nunca bati no meu filho, fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”, escreveu.

Novos relatos

Na carta, a mãe de Henry acrescenta que não sabia que estava sendo manipulada por Jairinho e que se sentia oprimida na relação, principalmente por ele ser influente e ameaçar a ela e a família. “Eu tentava a todo custo me afastar e me desvencilhar dele, mas fui diversas vezes ameaçada e minha família”, conta.

A mulher relata também que foi vítima de agressões físicas por parte de Jairinho. Em um dos episódios, ela diz que foi acordada sendo enforcada pelo companheiro depois que ele chegou de uma reunião com vereadores. Neste dia, ela estava na casa dos pais, em Bangu, na zona oeste.

“Minha porta na época não trancava, então eu dormia com ela destrancada. Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada, enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho. Quase sem ar, ele jogou o telefone em cima de mim, perguntando, me xingando e me ofendendo porque eu não estava atendendo-o e do porquê eu tinha respondido uma mensagem do Leniel [pai de Henry] onde eu chamava ele de Lê e ele me chamava de Nique.”

Veja a carta completa.

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