
Um estudante mineiro de 22 anos foi preso após se passar por médico e atender pelo menos quatro pessoas em uma Unidade de Ponto Atendimento (UPA), na região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O rapaz prestou depoimento à Polícia Civil na última quarta-feira (12). Ele alegou que teve a ideia depois de ficar doente e tomar alguns medicamentos, o que fez com que ele tivesse o interesse de trabalhar na área.
Ele só foi descoberto porque duas enfermeiras perceberam que não havia qualquer consistência em alguns dos receituários entregues por ele aos pacientes. Imediatamente, elas alertaram o chefe sobre a situação que comunicou a polícia.
O falso médico apresentou-se para trabalhar usando jaleco, cujo bolso estava bordado com o nome “Dr. V.”. Além disso, ele usava estetoscópio e possuía carimbo com o número do Conselho Regional de Medicina (CRM).
De acordo com a delegada Adriana das Neves Rosa, responsável pela investigação, o suspeito fez contato com a Prefeitura do município e descobriu o nome de um funcionário da Secretaria de Saúde.
Com esta informação, ele entrou em contato com a UPA se passando por um responsável pela pasta e indicou duas pessoas que poderiam atuar como médicos no plantão da unidade.
No dia 8 de junho, uma funcionária da unidade de saúde ligou para o suposto médico perguntando se ele estaria disponível para trabalhar naquele dia no local e ele aceitou a proposta.
“Ele conseguiu entrar porque já havia feito contato anterior, sabia o nome da médica que deveria ser substituída e informou a portaria que ela não iria”, contou a delegada.
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O falso médico foi liberado após o depoimento, mas as investigações continuam. Ele poderá responder por usurpação de função pública e exercício ilegal da profissão.
Além disso, a polícia investiga se a atitude dele causou dano à saúde, ou até risco de morte, dos pacientes atendidos por ele. A “falta de controle” da UPA e da Prefeitura também são alvos da investigação.
Fonte: Extra