Um ex-professor de capoeira de Jundiaí foi condenado a três anos e quatro meses de detenção por abusar sexualmente de uma adolescente. A sentença reconheceu os crimes de importunação sexual e fornecimento de bebida à vítima. O caso aconteceu em 2022 e a condenação já transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso.
A advogada da vítima, Maiara Tangerina, expressou a expectativa de que “a Justiça seja plenamente realizada com o início do cumprimento da pena”. A família da adolescente aguarda que o condenado a regime aberto inicie o cumprimento da pena nos próximos dias.
Crime aconteceu em Jundiaí em 2022
O crime ocorreu em junho de 2022. Os pais da adolescente, à época com 16 anos, denunciaram o professor de capoeira após a filha relatar os abusos sofridos.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito, que era amigo da família, deu carona à vítima para casa. No caminho, ele a convidou para ir a um motel para “dar uns beijinhos”, mas a adolescente recusou. Em seguida, ele parou em seu apartamento e esfregou suas partes íntimas na dela.
A adolescente recebeu ligações, que fizeram com que o professor a levasse para casa. A vítima contou o ocorrido para amigas, que a incentivaram a relatar os fatos aos pais. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí investigou o caso e as provas colhidas foram suficientes para a condenação.
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Nota da advogada da vítima
Ao final do julgamento pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foi mantida a condenação do acusado por todos os crimes pelos quais foi denunciado, tendo a pena referente ao delito de importunação sexual sido majorada, em razão da excessiva reprovabilidade da conduta e das nefastas consequências à vítima adolescente A.B.D.P.
Os crimes foram comprovados não apenas pelas provas em vídeo, mas também por uma investigação robusta, que incluiu imagens de câmeras de segurança de diversos locais, além da parcial confissão do réu, registrada em gravações de áudio e conversas via WhatsApp, o que reforça o conjunto probatório.
Na defesa dos interesses da vítima, a assistência da acusação repudia veementemente as incessantes tentativas da defesa de descredibilizar as palavras da vítima, sendo necessário reafirmar que os atos praticados são injustificáveis, ofendendo não apenas a dignidade da vítima, mas também de toda a sociedade.
A adolescente e sua família aguardam que a Justiça seja plenamente realizada com o início do cumprimento da pena. No entanto, é necessário destacar que, mesmo com a condenação, os danos sofridos pela vítima são irreparáveis, e, infelizmente, irreversíveis.
Com a condenação que se tornou definitiva, espera-se que o condenado inicie, em breve, o cumprimento da pena imposta pela Justiça.
