Justiça decreta prisão de diretora de escola investigada por vídeos de maus-tratos

A Justiça decretou, nesta terça-feira (22), a prisão temporária de Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, diretora da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, da Zona Leste de São Paulo, investigada por suspeita de maus-tratos, periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, submissão delas a vexame ou constrangimento e tortura. O caso foi revelado na semana passada pelo g1, e noticiado pelo tribuna.

Foi a Polícia Civil que pediu a prisão da diretora Roberta, e concordado pelo Ministério Público (MP). Ainda na terça (22), policiais foram até a casa da diretora para prendê-la, mas ela não estava no imóvel.

André Dias, advogado da diretora, chegou a negar à imprensa que sua cliente tenha amarrado ou mandado amarrar os bebês. Alegou ainda que alguém de dentro da escola, possivelmente alguma funcionária descontente, forjou a cena para prejudicar a direção. O Ministério Público (MP) informou por meio de nota que “as investigações prosseguem” e que não poderia dar mais detalhes porque “o caso corre em segredo de Justiça”.

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As imagens chegaram a Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional, há três semanas, quando foi aberto inquérito para apurar a denúncia e tentar identificar eventuais responsáveis pelos crimes.

Segundo o g1, Roberta disse à polícia que desconhece os vídeos que mostram as crianças amarradas no banheiro, que fica ao lado de sua sala. Em seu depoimento, a diretora reconheceu que as imagens das crianças, sentadas em cadeirinhas de bebês, no chão, embaixo de uma pia e próximas à privada foram gravadas no banheiro da Colmeia Mágica. Mas afirmou não saber quem fez a filmagem e nem quem as amarrou. Ela negou ainda que tivesse imobilizado os bebês ou mandado algum funcionário fazer isso.