
Em uma fábrica clandestina em Guarulhos, dois homens foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por um esquema de falsificação de azeite de oliva. De acordo com a denúncia, Eric Eloi e André Hernandes misturavam óleo vegetal com corantes e outras substâncias para imitar o azeite.
As falsificações de azeite de oliva português eram vendidas pela dupla em redes de atacado e estabelecimentos comerciais pequenos. Os fraudadores utilizavam seis marcas reais do produto para lucrar com a falsificação: Oliveira do Conde, Quinta Luzitana, Quinta D’Oro, Évora, Costanera e Olivais do Porto. Segundo as investigações, a mistura criada pela dupla é altamente nociva à saúde.
“No local, o denunciado André Hernandes se apresentou como gerente da empresa e reconheceu aos policiais que adquire óleo vegetal, acrescenta a ele aromatizante conhecido como óleo lampante e corante para que o produto apresente textura, aparência e odor de azeite. Em seguida tal produto, já misturado, é envasado, rotulado e vendido como azeite extra virgem”, relata a denúncia.
O Ministério da Agricultura proibiu, no ano passado, a venda de marcas falsificadas no Brasil, alegando serem “impróprias para consumo”.
Eric e André podem ser condenados de quatro a oito anos de prisão mais multa. A denúncia é por “corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo”.
