
Na madrugada do sábado (21), logo após a morte da menina Ágatha Vitória Félix, cerca de 20 policiais militares invadiram o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio, onde a menina havia sido internada e tentaram levar o projétil.
Apesar da pressão dos PMs, a equipe médica se recusou a entregar a bala, que posteriormente, seria encaminhada para a Polícia Civil, responsável pelas investigações.
A Delegacia de Homicídios está tentando convencer integrantes da equipe médica a prestar depoimento sobre a invasão. Os profissionais que relataram o fato a policiais civis temem represálias.
Os investigadores não conseguiram imagens da ida dos policiais ao hospital.
De acordo com testemunhas, o tiro que atingiu Ágatha foi disparado por um PM, que tentou acertar um motociclista que passava pelo local. Diferentemente do que declarou a Polícia Militar, não havia tiroteio na Fazendinha, no Complexo do Alemão, no momento em que a menina foi atingida.
A perícia feita na bala concluiu que não será possível compará-la com as armas dos PMS que estavam na favela – foi encontrado apenas um fragmento deformado do projétil.
Além disso, dos 11 policiais militares que estavam nas proximidades do local em que Ágatha foi ferida, apenas dois aceitaram participar da simulação do crime, na última terça-feira (1º).
Fonte: Veja