Presidente Bolsonaro
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos atos antidemocráticos da invasão à sede dos Três Poderes em Brasília.

Com a investigação, as autoridades buscam descobrir quem são os autores do ataque terrorista no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF, tanto os que invadiram, quanto quem financiou e instigou os atos do dia 8 de janeiro de 2023.

Na terça-feira (10), Bolsonaro publicou em seu perfil no Facebook uma desinformação em que contestava o resultado eleitoral. Na rede social, o ex-presidente dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo. No entanto, horas depois, Bolsonaro apagou o post.

Bolsonaro investigado

Em sua mais nova decisão, Alexandre de Moraes determinou que a Meta/Facebook conservasse o vídeo, inclusive os metadados da publicação (data, horário, IP etc.), “para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance (número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários), antes de ser apagado”.

Ainda de acordo com o ministro, o ex-presidente deverá ser interrogado em outro momento. “Diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado, Jair Messias Bolsonaro, será apreciado posteriormente, no momento oportuno”.

Além disso, em sua decisão, Moraes ainda alertou sobre a formação de uma possível organização que tem como objetivo “desestabilizar as instituições republicanas”. Essa organização acabaria se utilizando de uma rede virtual de apoiadores que atuam “para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”.

O ministro ainda reforçou que seguirá atuando contra quem agir contra a democracia. “Os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a ser portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da Democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Winston Churchill, ‘um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado’”