Depois de colocar o Brasil em recessão, Guedes pede paciência
Depois de colocar o Brasil em recessão, Guedes pede paciência

O ministro da Economia, Paulo Guedes, justificou o fraco crescimento da economia neste ano ao fato de que o governo ainda não conseguiu avançar com todas as reformas necessárias para que o país volte a crescer nesses quase oito meses desde a posse do presidente Jair Bolsonaro.  

Até mesmo o chefe do Executivo tem evitado falar sobre o fraco crescimento econômico, mesmo com a reforma da Previdência avançando no Congresso, e tem jogado a responsabilidade para os ombros do “superministro”.

“Quem está criando esses desemprego foram esses quatro meses de governo. Ponham a mão na consciência. Chegou o momento das reformas. Tenho que correr, porque são muitas reformas”, afirmou o ministro durante a abertura do seminário.

O Banco Central divulgou, nesta segunda (12), a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br, com retração de 0,12%, dado, que, se confirmado pelo IBGE, no próximo dia 29, quando serão divulgados os dados das Contas Nacionais, o país terá entrado oficialmente em uma recessão técnica – quando há queda no PIB por dois trimestres seguidos.

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Durante o discurso de abertura do seminário, o ministro destacou que o Brasil não consegue crescer como no passado, quando era o destino de vários imigrantes do mundo, porque “prisioneiro de uma armadilha cognitiva da esquerda”. 

“Somos um país rico em recursos naturais mas, mas a economia não cresce porque somos prisioneiros cognitivos de crenças obsoletas”, afirmou o ministro.

“Estamos tentando mudar essa concepção com muitas reformas. O Brasil, que era uma economia dinâmica, virou uma economia estagnada com um regime político que se degenerou”, completou Guedes.

Ao defender as reformas ele criticou os que impedem as reformas avançarem. “Não é fácil aguentar 40 anos de desaforo”, resumiu Guedes. 

O ministro também voltou a defender que o Estado precisa sair do “cangote” do empreendedor e de contribuinte e fez uma analogia de que o país é uma “baleia ferida”, que está sangrando há anos. Mas, ainda de acordo com Guedes, o país voltará a crescer quando todas reformas forem aprovadas. 

Fonte: Correio Braziliense