
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta sexta-feira (19) os rumores de que trocaria o comando da Petrobras com o anúncio do seu novo presidente. Em post publicado em suas redes sociais, Bolsonaro comunicou a escolha do general Joaquim Silva e Luna para substituir o atual presidente Roberto Castello Branco. Silva e Luna era diretor-geral da Itaipu Binacional e já foi ministro da Defesa durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2018.
“O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”, afirmou o presidente no Facebook.
Ontem, em sua live semanal, Bolsonaro já havia sinalizado que gostaria de fazer a mudança no comando da Petrobras porque, “obviamente”, uma fala recente de Castello Branco teria consequências. O presidente da companhia disse dias atrás que a ameaça de greve dos caminhoneiros não era problema da estatal.
Bolsonaro também vinha criticando com frequência a política de preços da Petrobras, pressionado pela demanda dos caminhoneiros, insatisfeitos com a recente alta do diesel e da gasolina.
Para manejar a situação, o presidente anunciou na quinta-feira (18) que vai zerar os impostos federais sobre o diesel, por dois meses, e sobre o gás de cozinha, por tempo indeterminado.
A ameaça de interferência de Bolsonaro no comando da Petrobras já fez com que as ações da companhia caíssem nesta sexta-feira e puxassem a queda do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira. O índice caiu 0,64% aos 118.430,53 pontos. Na semana, acumulou queda de 0,84%.
Os papéis preferenciais da estatal, que são os mais negociados, caíram 6,63% no dia, enquanto as ações ordinárias da Petrobras, com direito a voto, tiveram perda de 7,92%.
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