Jair Bolsonaro
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

A operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta sexta-feira (18) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou reações imediatas da defesa e da cúpula do Partido Liberal.

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro terá que usar tornozeleira eletrônica. Além disso, o ex-presidente stá proibido de acessar redes sociais, deve cumprir toque de recolher entre 19h e 7h e não poderá se comunicar com diplomatas, embaixadores ou outros réus e investigados no âmbito das investigações em curso.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Bolsonaro e na sede nacional do PL, em Brasília. O objetivo, segundo fontes, é evitar risco de fuga e obstrução de investigações.

O que dizem Bolsonaro e o PL

Em nota oficial, a defesa do ex-presidente afirmou ter recebido as medidas cautelares com “surpresa e indignação”. Os advogados classificaram as restrições como severas e alegaram que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça.

“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”, diz o comunicado.

O Partido Liberal também se manifestou, repudiando a ação da PF e classificando a medida do STF como desproporcional. A legenda questiona a necessidade da operação, uma vez que Bolsonaro nunca apresentou resistência às investigações.

“O Partido Liberal manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18), que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido. Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?”, questiona a nota assinada por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.

“O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação”, a nota continua. “Reafirmamos nossa confiança no presidente Jair Bolsonaro, seu compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a verdade.”