
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender a indicação do seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador no Estados Unidos.
Ele chamou as críticas de que a indicação seria nepotismo de “hipocrisia”, mas admitiu que o Senado pode barrar a indicação de Eduardo.
“Sim, o Senado pode barrar sim. Mas imagine que no dia seguinte eu demita o (ministro de Relações Exteriores) Ernesto Araújo e coloque meu filho. Ele não vai ser embaixador, ele vai comandar 200 embaixadores e agregados mundo afora. Alguém vai tirar meu filho de lá? Hipocrisia de vocês”, respondeu a jornalistas, ao deixar o Palácio do Alvorada para participar de um culto evangélico em Brasília.
Se oficializado o nome de Eduardo como embaixador, sua indicação deve ser aprovada pelo governo dos EUA. Em seguida, o deputado deve ser sabatinado pelo Senado, que ainda terá de votar a sua nomeação em votação no plenário.
Hoje, Bolsonaro ainda criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu nepotismo na administração pública.
“O STF decidiu sobre nepotismo e sobre tipificar homofobia como racismo. Acho que quem tem que decidir sobre essas coisas é o Poder Legislativo. Teve um parlamentar contra o nepotismo que foi pego na Lava Jato. Tem nada a ver parente”, completou.
O presidente disse partir do princípio que a indicação de um filho eleito para um cargo não seria nepotismo.
“Tem ministro com toda certeza que tem parente empregado, com DAS (função comissionada), e daí?”, questionou.
“Que mania de que tudo que é parente de político não presta. Tenho um filho que está para ir para os EUA e foi elogiado pelo presidente norte-americano Donald Trump. Vocês massacraram meu filho: fritador de hambúrger”, acrescentou, referindo-se à frase dita pelo próprio deputado quando detalhava quais seriam suas qualidades para assumir o posto.
Com informações do Estadão.