Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que manteve silêncio ontem (8) sobre a saída de Luiz Inácio Lula da Silva da prisão, em Curitiba, publicou um post na manhã deste sábado (9) em que fala para seus militantes não dar “munição ao canalha, que está momentaneamente livre, mas carregado de culpa”. 

O ministro da Justiça Sergio Moro também usou a rede social nesta manhã, para falar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre segunda instância, mas sem citar o caso do ex-presidente.

O presidente ainda escreveu aos “amantes da liberdade e do bem”: “Somos a maioria. Não podemos cometer erros”. 

Ainda na sexta-feira, Bolsonaro cancelou uma entrevista em um evento em Goiânia. Não mencionou a soltura de Lula em seu discurso e evitou a imprensa em eventos dos quais participou na cidade. 

Já o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, foi mais enfático: “Calma, cambada de bandido, o Brasil não é de vocês! Comemorem, criminosos! Estão liquidando política e criminalmente! O Brasil vai dar certo!”. 

— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 9 de novembro de 2019

Por sua vez, Moro foi mais discreto e fez um tweet: “Lutar pela Justiça e pela segurança pública não é tarefa fácil. Previsíveis vitórias e revezes. Preferimos a primeira e lamentamos a segunda, mas nunca desistiremos. A decisão do STF deve ser respeitada, mas pode ser alterada, como o próprio [ministro] Toffoli reconheceu, pelo Congresso”.

Antes da publicação, Moro havia soltado uma nota oficial sobre o assunto, em um tom semelhante, pregando respeito à decisão do STF, mas falando em mudança via Congresso.

Saída de Lula

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva saiu nesta sexta-feira da prisão, após passar 1 ano e 7 meses preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba.

Sua saída foi decretada pelo juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, que aceitou o pedido da defesa do ex-presidente.

O pedido veio após decisão do STF  que, em julgamento finalizado na quinta-feira (7), proibiu prisão após condenação em segunda instância, caso de Lula.

Condenado em duas instâncias no caso do triplex pela Lava Jato, Lula ficou 1 ano e 7 meses preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba.

Agora, ele terá o direito de recorrer em liberdade e só vai voltar a cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias após o trânsito em julgado.

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