Carreata impeachment Bolsonaro. (Foto: Divulgação)
Carreata impeachment Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

Várias capitais do Brasil, como Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, registraram carreatas, na manhã deste sábado (23), pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em Brasília, com gritos de fora Bolsonaro e buzinaço, centenas de carros saíram as ruas. A mobilização ocorreu no Eixo Monumental e na Esplanada dos Ministérios.


Nos vidros dos carros, dizeres de “viva o SUS” e “vacina para todos” marcaram o protesto organizado em várias regiões do país. De acordo com a organização, mais mil veículos participaram do ato no DF.

Faixas pedindo “impeachment já” também foram erguidas no gramado em frente ao Congresso Nacional. A Polícia Militar acompanhou o evento.

Em São Paulo, a carreata começou em frente a Assembléia Legislativa e seguiu para a avenida Paulista com muitos veículos.


No Rio de Janeiro, várias pessoas também saíram em carreata, pedindo o afastamento de Bolsonaro


Em Porto Velho, capital de Rondônia, também foram registrados movimentos.

Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, várias pessoas também foram às ruas.

Em Jundiaí, uma manifestação a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será realizada neste domingo (24), em formato de carreata. A concentração será na avenida Manoela Lacerda Vergueiro (ao lado do Parque da Uva), no portão do Fundo Social de Solidariedade, às 10 horas. O início da carreata está programado para às 10h30.

Atualmente há 61 processos pedidos de afastamento do presidente na Câmara dos Deputados, na qual o presidente Rodrigo Maia é o responsável por acolher ou arquivar as petições.

Popularidade

Influenciada pela situação da pandemia da Covid-19 no País, marcada pela crise no fornecimento de oxigênio na rede de saúde de Manaus (AM), a popularidade do presidente já se mostra abalada. Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (23) indicou aumento do número de insatisfeitos com Bolsonaro: 40% da população avalia sua atuação como ruim ou péssima, comparado com 32% que assim o consideravam na edição anterior da sondagem, no começo de dezembro.

O número de participantes que avaliam o governo como ótimo ou bom teve leve queda também passando para 31% ante 37% em dezembro. A taxa de avaliação regular ficou em 26%, comparada com 29% anteriormente.

No entanto, mesmo com o desgaste da imagem do governo Bolsonaro, a taxa de brasileiros contrários ao impeachment cresceu, indo de 50% em dezembro para 53% agora. Os que defendem a abertura de um processo contra o presidente por crime de responsabilidade são 42%, enquanto no mês passado, eram 46%. Outros 4% não responderam.

Na Câmara dos Deputados, são mais de 50 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro. Nos bastidores, foram reforçadas as conversas sobre instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações e omissões do governo durante a crise sanitária do novo coronavírus – possibilidade já levantada inclusive pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nas mídias sociais, levantamento feito na última semana pelo banco Modalmais e a consultoria AP Exata mostrou que a popularidade do presidente enfrenta desgaste no ambiente digital. Levantamento feito com base em perfis públicos nas redes sociais mostrou que 37,2% das menções ao presidente foram classificadas como ruins ou péssimas. O percentual de menções avaliadas como positivas (boas ou ótimas) foi de 34,8%.

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