Uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6) revela como os eleitores brasileiros enxergam o cenário das eleições de 2026 caso Jair Bolsonaro não seja candidato. Entre os nomes citados, Michelle Bolsonaro (PL) aparece na liderança das preferências, seguida por Tarcísio de Freitas (Republicanos). O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, antes de Flávio Bolsonaro afirmar que foi escolhido pelo pai para disputar a Presidência. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Os números mostram um eleitorado dividido e um impacto limitado do apoio de Bolsonaro. Para 50% dos entrevistados, o apoio do ex-presidente não é motivo para votar em um candidato. Já 26% afirmam que votariam com certeza em um nome apoiado por ele, enquanto 21% talvez votassem e 3% não souberam responder.
Michelle lidera preferência geral entre possíveis apoiados por Bolsonaro
Questionados sobre quem Bolsonaro deveria apoiar caso não fosse candidato, os eleitores responderam:
- Michelle Bolsonaro (PL): 22%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 20%
- Ratinho Jr. (PSD): 12%
- Eduardo Bolsonaro (PL): 9%
- Flávio Bolsonaro (PL): 8%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 6%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Lula (PT): 1%
- Nenhum: 10%
- Não sabem: 8%
Mesmo antes de seu nome ganhar força interna no PL, Michelle já aparecia como a favorita. O percentual reforça o capital político crescente da ex-primeira-dama, que se tornou um dos pilares do bolsonarismo.
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Entre bolsonaristas fiéis, Michelle dispara
O Datafolha identificou ainda como vota o grupo considerado bolsonarista fiel, cerca de 20% do eleitorado. Nesse recorte, Michelle amplia com folga sua vantagem:
- Michelle Bolsonaro (PL): 35%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 30%
- Eduardo Bolsonaro (PL): 14%
- Flávio Bolsonaro (PL): 9%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 4%
- Romeu Zema (Novo): 2%
Os dados mostram que, entre os eleitores mais alinhados ao ex-presidente, Michelle não apenas lidera, como concentra um apoio significativamente maior do que no cenário geral. Já Tarcísio mantém força, refletindo sua projeção nacional como governador de São Paulo.
Cenário segue indefinido, mas pesquisa aponta tendências
A pesquisa indica que, embora Bolsonaro permaneça como a principal referência da direita, seu apoio não garante automaticamente transferência de votos. Ao mesmo tempo, o desempenho de Michelle sinaliza que ela pode se consolidar como herdeira política do bolsonarismo em 2026 — especialmente entre os eleitores mais leais ao ex-presidente.
