Deputados trocando socos na tribuna da Assembleia Legislativa de SP
Polícia Militar precisou ser acionada para controlar a confusão (Foto: Reprodução/UOL)

Nesta quarta-feira (4), a discussão da PEC da reforma da Previdência do Estado de São Paulo se tornou confusão na tribuna da Assembleia Legislativa após discurso do deputado Arthur do Val, conhecido como ‘Mamãe Falei’ (sem partido).

Ele chamou, várias vezes, petistas e líderes sindicais de “vagabundos” durante discurso e deputados da bancada do PT e PSOL subiram à tribuna, onde trocaram socos. 

“Eu ouvi um discurso muito bonito do Enio Tatto falando mal do PSDB. Mas eu quero saber de vocês, onde estavam quando o PT votou no PSDB para presidência da casa, bando de vagabundo. Onde estavam? Cadê o líder sindical? É vagabundo, sim. Olhe pra mim, você está com medo? Eu quero saber do bando de petista, que querem o Lula livre”. 

O presidente da casa, o deputado Cauê Macris (PSDB-SP) teve que encerrar a sessão e pedir ajuda da Polícia Militar para conter a confusão.

Em entrevista ao ‘UOL’, Val acusou o deputado Enio Tatto (PT-SP) de ter iniciado a confusão ofendendo a ele e à colega, Janaína Paschoal (PSL-SP). Segundo o deputado, durante sessão, Janaína foi ofendida por Enio. 

“Eu rebati. Eles não gostaram e começaram a me xingar também, me chamando de bandido, filho da puta, nazista e fascista”, explicou ao ‘UOL’. “É uma cena lamentável, com certeza, mas não vou aguentar esse tipo de xingamento, o cara me chamando de nazista e fascista”, acrescentou.

Enio se defendeu em entrevista ao jornal ‘Agora S. Paulo’. “Ele [Val] pediu primeiro a fala do Paulo Friorilo (PT) e provocou o pessoal do plenário, perguntando se o pessoal ia ter estômago, e começou a provocar”.

Ele ainda destaca que a confusão com a deputada Janaína já foi resolvida. “Eu já me desculpei e ela aceitou as minhas desculpas. Está tudo certo”, afirmou ao jornal ‘Agora S. Paulo’.

Macris lamentou a confusão pelo Twitter e afirmou que o caso será analisado pela Comissão de Ética da Casa. 

PEC da Previdência de São Paulo

A proposta de reforma da Previdência do governador João Doria foi enviada ao legislativo no dia 12 de novembro. A principal mudança na aposentadoria segue os moldes das regras aplicadas pelo presidente Jair Bolsonaro. 

Ou seja, idade mínima nas aposentadorias de 65 anos, para homens, e de 62, para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Atualmente, a regra para os servidores é de 30 anos de contribuição com idade mínima de 55, para mulheres, e 60 para homens.

A expectativa do governo de São Paulo é de uma economia de R$ 32 bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos, de acordo com o estudo do projeto.

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