Dilma Rousseff
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Nesta sexta-feira (24), o Banco do Desenvolvimento, também conhecido como “banco do Brics”, oficializou Dilma Rousseff como presidente. O governo Lula indicou a ex-presidente da República ao cargo, e Dilma deve cumprir mandato até julho de 2025.

A ex-presidente — que teve o impeachment aprovado pela Câmara e pelo Senado em um processo legal tendo como justificativa crime de responsabilidade pela prática das chamadas “pedaladas fiscais” (atrasos de pagamentos a bancos públicos) e pela edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso — foi candidata única, escolhida por Lula.

Os presidentes da instituição costumam ser eleitos por unanimidade e o comitê da instituição aprovou o nome de Dilma. O processo aconteceu após a ex-presidente passar por uma espécie de sabatina com ministros da Economia dos países membros do bloco (África do Sul, China, Índia e Rússia). Cabia ao Brasil indicar um novo nome para o comando do banco.

A princípio, o presidente do banco do Brics era o também brasileiro Marcos Troyjo. Marcos é diplomata e foi indicado à presidência da instituição em 2020, por Jair Bolsonaro.

O banco do Brics financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição. Sua sede fica em Xangai, na China, e Dilma deve viajar para o país junto de Lula nos próximos dias.

Defesa dos direitos humanos, da paz e combate à fome

O banco afirmou que, quando presidente, Dilma priorizou o combate à pobreza e a ampliação dos programas criados por Lula entre 2003 e 2010. “Como resultado de um dos mais intensivos processos de redução da pobreza na história do país, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU”, diz trecho de nota divulgada.

Além disso, o banco declarou que, internacionalmente, Dilma defendeu o respeito à soberania de todos os países e a defesa do chamado multilateralismo; do desenvolvimento sustentável; dos direitos humanos; e da paz. “Sob o governo dela [Dilma], o Brasil se fez presente em todos os fóruns internacionais sobre clima e proteção do meio ambiente, culminando em uma decisiva participação do Acordo de Paris.”

Assim, para o banco, Dilma expandiu “significativamente” a cooperação entre o Brasil e países da América Latina, da África, do Oriente Médio e da Ásia.

Após o impeachment, Dilma ocupou cargos políticos e apenas participou de palestras, debates e discussões acadêmicas e partidárias. Além disso, esteve presente na campanha presidencial e também na transição do governo federal do Presidente Lula.