
Aleksander Lacerda, comandante da Polícia Militar, foi afastado por indisciplina após fazer postagens em defesa de protesto a favor do presidente Jair Bolsonaro. A decisão de afastá-lo foi comunicada pelo governador João Doria, à rádio CBN, nesta segunda-feira (23). O comandante estava à frente do Comando de Policiamento do Interior (CPI), em Sorocaba. E de acordo com a reportagem do “Estado de São Paulo”, Aleksander convocou militantes e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) nas publicações.
A Polícia Militar informou que o coronel foi afastado das suas funções e que será convocado pelo Comando da corporação. “A Corregedoria da instituição, que é legalista e tem o dever e a missão de defender a Constituição e os valores democráticos do país nela expressos, analisa as manifestações recentes do oficial, que foi convocado ao Comando Geral para prestar esclarecimentos”.
[tdj-leia-tambem]
O regulamento da corporação da Polícia Militar proíbe policiais de participarem ou promoverem atos político-partidários. “Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento”, diz um trecho do regulamento.
Ainda conforme a reportagem do “Estado de São Paulo”, Aleksander também criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por não dar prosseguimento no pedido de impeachment feito pelo presidente contra o ministro Alexandre de Moraes. O governador de São Paulo e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que agora é secretário de Projetos e Ações Estratégicas estadual, também foram atacados por Aleksander.