João Doria. (Foto: Divulgação)
João Doria. (Foto: Divulgação)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai ajudar a levar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a julgamento em tribunais internacionais por sua condução no combate à pandemia de Covid19 no país.

Em comissão de acompanhamento da pandemia no Congresso, nesta segunda-feira (15), Doria declarou que pretende auxiliar para que Bolsonaro “seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros”.

Segundo o tucano, “daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o país, que vive a sua maior tragédia, e temos um presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida. Pois eu desprezo Jair Bolsonaro e desprezo todos que, como ele, são negacionistas”, disse o governador. “O que ele está promovendo no Brasil é um genocídio.”

Esta não foi a primeira vez que o governador de São Paulo usou a expressão genocídio para definir a atuação de Jair Bolsonaro no combate à pandemia. Em janeiro deste ano, quando o Brasil completava 205 mil mortes e as pessoas em Manaus morriam sem oxigênio, ele disse: “Li uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro dizendo ‘fiz tudo o que estava ao meu alcance, o problema agora é do estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus’. Inacreditável. Inacreditável. Em outro país isso talvez fosse classificado como genocídio. É um abandono aos brasileiros”

De acordo com Doria, nesta semana o Instituto Butantan entrega mais 5,3 milhões doses da Coronavac ao Ministério da Saúde. “Até agora, o Ministério da Saúde, que promete, promete, promete e promete, só disponibilizou 4 milhões de doses da vacina de Oxford e da vacina AstraZeneca para os brasileiros”, criticou.

Nesta segunda, o governo de Jair Bolsonaro se tornou alvo de novos ataques no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Desta vez, críticas partem da Comissão Arns em coordenação com a entidade Conectas Direitos Humanos. “A situação do Brasil é desesperadora”, disse a representante da Comissão Arns, Maria Hermínia Tavares de Almeida, professora titular aposentada de Ciência Política na Universidade de São Paulo (USP) à coluna de Jamil Chade no UOL.

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