O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou neste domingo (20), por meio de uma live, que não pretende renunciar ao mandato parlamentar, mesmo com o fim do período de licença de 120 dias. Há cerca de quatro meses, ele se mudou para os Estados Unidos e não retornou ao Brasil até o momento.
Segundo o regimento interno da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro pode ter o mandato cassado por faltas injustificadas, caso não reassuma oficialmente suas funções. No entanto, há expectativa de que ele consiga se manter no cargo por mais três meses, mesmo ausente.
Investigado pelo STF
O parlamentar é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente atuar em articulações com o governo dos Estados Unidos para aplicar retaliações ao Brasil e a ministros do STF. A ação também teria como objetivo tentar barrar o processo criminal contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Durante a transmissão, Eduardo foi enfático ao declarar que não irá recuar de suas posições: “Não haverá recuo, estou disposto a ir às últimas consequências”, afirmou.
Ele ainda declarou que sua principal meta é a saída do ministro Alexandre de Moraes da Suprema Corte: “Meu objetivo é retirar o ministro Alexandre de Moraes da suprema corte.”
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Na última sexta-feira (18), os Estados Unidos revogaram os vistos do ministro Alexandre de Moraes e de outros membros do STF, embora não tenham sido divulgados os nomes dos demais atingidos pela medida.
A decisão norte-americana ocorreu no mesmo dia em que o STF autorizou o pedido da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) para impor medidas cautelares a Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e reclusão domiciliar no período noturno. Segundo as autoridades, há risco de que o ex-presidente tente fugir do país.
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