Eduardo Bolsonaro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (14) que não pretende retornar ao Brasil e que pode abrir mão do mandato na Câmara dos Deputados. Em declarações aos jornais Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo, o parlamentar justificou sua permanência nos Estados Unidos e afirmou temer ser preso caso volte ao país.

Eduardo está afastado de suas funções desde 20 de março, quando solicitou licença de 122 dias. O prazo se encerra na última semana de julho, mas o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro adiantou que dificilmente voltará a tempo de reassumir o cargo.

“Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, disse ao Estadão.

O deputado também foi categórico ao apontar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como o principal motivo para sua ausência. “A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender”, afirmou.

Já em entrevista à Folha, Eduardo reforçou a ideia de que deve deixar o mandato. “Muito provavelmente [vou deixar o cargo]. Eu tenho a opção de não renunciar, deixar o tempo correr e perder o mandato por falta.”

Investigado no STF

Atualmente, Eduardo Bolsonaro é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), existem indícios de que o deputado tenha atuado nos Estados Unidos com o objetivo de pressionar o governo americano a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, entre elas, ministros do STF.

A tensão em torno de Eduardo aumentou após o ex-presidente Donald Trump anunciar um “tarifaço” sobre produtos brasileiros. Na mensagem que justificava as novas taxas, Trump mencionou diretamente o Brasil, acusando o país de realizar uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro.

Alegações de perseguição

Além das investigações, Eduardo afirma ser vítima de perseguição por parte de Alexandre de Moraes.

“Acho que ninguém duvida que eu seria preso se eu retornar para o Brasil”, declarou ao Estadão.

Enquanto o impasse continua, o futuro político de Eduardo Bolsonaro segue incerto. Caso não retorne até o fim da licença, ele poderá perder o mandato automaticamente por ausência.

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