
Um pesquisador do Datafolha foi agredido enquanto fazia entrevistas para o instituto na tarde de terça-feira (20), em Ariranha (SP). Ele teve lesões na boca, apresentou dor no corpo, e foi encaminhado para o pronto-socorro da cidade, onde foi atendido e liberado.
O profissional do instituto entrevistava um morador local quando um homem, identificado como Rafael Bianchini, se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido na pesquisa. “Só pega Lula e vagabundo”, disse o agressor, no meio da rua.
“Era minha última entrevista do dia. Um senhor se aproximou e começou a me hostilizar, dizendo que queria responder a qualquer custo, dizendo que o pessoal estava pegando de um candidato específico, no caso citou o Lula. Pedi respeito e educação. Ele me provocou, começou a me chamar de vagabundo e disse que ia me esperar”, conta o pesquisador.
Quando o pesquisador virou de costas, passou a ser agredido por chutes e socos, e quando reagiu para se defender, passou a ser atacado também pelo filho do agressor. Vizinhos intervieram, mas ele entrou em sua casa e retornou empunhando uma faca do tipo peixeira. O homem foi contido pelo filho.
“[…] Ele foi para dentro de casa e voltou com uma faca grande. Um vizinho me mandou ir embora. Um outro vizinho me levou de carro para ir ao pronto-socorro e fazer o boletim de ocorrência.”
O caso foi registrado como lesão corporal e será investigado pela Polícia Civil. Ninguém foi preso.
O Datafolha informou que se tornaram frequentes os relatos de pessoas que passam gritando ou tentando filmar os entrevistadores como forma de intimidação. Segundo o instituto, a maioria dos agressores se identifica como eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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