Fernando Haddad é condenado por crime de caixa dois na eleição municipal de 2012
Fernando Haddad é condenado por crime de caixa dois na eleição municipal de 2012

O ex-prefeito de São Paulo e candidato do PT nas últimas eleições presidenciais, Fernando Haddad, foi condenado pela Justiça Eleitoral pelo crime de caixa dois quando concorreu ao cargo de prefeito da capital em 2012.

A sentença foi proferida no último dia 19. O juiz Francisco Carlos Inouye Shintate determinou pena de “quatro anos e seis meses de reclusão, e 18 dias-multa, cada um no valor de 1 salário-mínimo vigente na época do fato”.

Na sentença, o magistrado absolve o petista de outras acusações, como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O processo nasceu de apuração que visava identificar o uso de recursos da empreiteira UTC na confecção de material de campanha de Haddad para prefeito, em 2012.

Em nota, a defesa de Fernando Haddad informou que vai recorrer da decisão da primeira Vara Eleitoral. “Em primeiro lugar por falta de provas. A condenação apoiou-se apenas na delação premiada de Ricardo Pessoa, executivo prejudicado pelo então prefeito, que cancelou seus contratos com a Prefeitura de São Paulo”.

“Este delator relatou ‘ter ouvido dizer’ que os valores que pagou a pedido do tesoureiro nacional do PT seriam para a gráfica que teria produzido materiais para a campanha de Fernando Haddad. Testemunhas e documentos apresentados ao juiz demonstraram que o delator mentiu”, disse, ainda, a nota.

O dono da gráfica acabou condenado a um total de nove anos e nove meses de prisão.

Aliados de Haddad também foram condenados no processo. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por lavagem e ocultação de bens. A pena total dele foi de dez anos de reclusão.

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Os advogados do petista dizem que o dono da gráfica que teria recebido recursos não contabilizados da UTC “reconheceu que a campanha de Haddad não foi beneficiada com os materiais, que se destinavam a outros candidato”. Disse, ainda, que “o Ministério Público não conseguiu provar sua tese com nada além da palavra do inimigo do ex-prefeito”.

Com informações da Folha de São Paulo.