Carlos Bolsonaro é o único representante do partido no Senado, que não assinou a petição pela abertura da comissão. (Foto: Dida Sampaio/Estadão)
Carlos Bolsonaro é o único representante do partido no Senado, que não assinou a petição pela abertura da comissão. (Foto: Dida Sampaio/Estadão)

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi incumbido pelo presidente nacional da sigla, Luciano Bivar (PE), de articular contra a CPI da Lava Toga. O filho do presidente Jair Bolsonaro é o único representante do partido no Senado que não assinou a petição pela abertura da comissão.

Luciano Bivar disse, em entrevista ao Estadão, ter pedido aos senadores do PSL que reconsiderassem o posicionamento, porque percebe na proposta um “uma afronta ao Poder Judiciário”.

A CPI da Lava Toga é vista como uma medida que pode afetar a relação entre os Poderes, uma vez que ela tem como objetivo investigar membros do Poder Judiciário por desvios de conduta ou ética. Para Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, a tentativa de criação da comissão de inquérito é inconstitucional. “Se há entendimento de que a comissão não pode investigar decisão judicial, como vou passar por cima disso?”.

 

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A senadora Maria do Carmo (DEM-SE) anunciou que vai retirar o nome da lista, segundo ela, atendendo a Alcolumbre. Já os outros dois senadores do PSL, Major Olímpio (SP) e Soraya Thronicke (MS) declararam que não vão mudar seu posicionamento.

Olímpio afirmou não ter sido procurado por Flávio, mas disse que tentativas não trarão resultados. “É mais fácil uma vaca passar voando na minha frente do que eu desistir. A saúva sabe a roça em que come. Quem quiser ouvir bastante desaforo venha tentar me convencer”, declarou.

Soraya, mesmo procurada por Bivar, lembrou que a bandeira do PSL é contra a corrupção e disse ao Estadão que não irá mudar seu voto.  “Todos sabem meu posicionamento”, afirmou.

A senadora Juíza Selma (PSL-MT) não quis se manifestar.

Na noite da última segunda-feira (9), a expressão “assina Flavio Bolsonaro” era o assunto mais comentado no Twitter.

 

Fonte: Estadão