(Foto: Reprodução Instagram)
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O presidente Jair Bolsonaro já gastou mais com o uso de cartão corporativo do que os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer, nos quatro anos da gestão anterior, segundo o jornal O Globo, sendo que ainda há mais um ano de mandato do presidente pela frente.

A publicação afirma que Bolsonaro já gastou, até dezembro do ano passado, R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. O valor é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos nos quatro anos da gestão anterior, que acabou sendo dividida por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018).

Segundo o jornal, somente em 2021, as despesas chegaram a R$ 11,8 milhões, o que representa o maior valor dos últimos sete anos. O valor só não é maior do que o registrado em 2014, R$ 13,3 milhões, quando Dilma era presidente. O Globo também afirma que, em dezembro, as compras com os cartões exclusivos da família presidencial chegaram a R$ 1,5 milhão. O valor é o mais alto, para um único mês, dos três anos da atual gestão.

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De acordo com o jornal, os montantes, corrigidos pela inflação, correspondem às faturas de 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República. Os cartões estão sob a responsabilidade do mandatário, de seus familiares e auxiliares mais próximos.

Segundo o próprio Palácio do Planalto, os dois dos cartões ficam permanentemente sob poder de Bolsonaro. Os cartões podem ser utilizados para despesas do dia a dia, como refeições durante viagens, mas as razões dos gastos são mantidas em sigilo. A alegação é de que a divulgação delas colocaria o presidente em risco.

Enquanto deputado federal, Jair Bolsonaro era crítico do uso dos cartões corporativos. Em agosto de 2019, já como presidente, ele disse que iria divulgar os gastos pessoais feitos com o cartão corporativo. Chegou a dizer que levaria grupo de jornalistas ao banco para que vissem o extrato. No entanto, isso nunca aconteceu.