Gilmar Mendes durante sessão do STF, usando toga e falando ao microfone
Ministro Gilmar Mendes, do STF, se pronuncia durante sessão na Corte - Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu neste domingo (7) às declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), feitas durante um ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo.

Durante o evento, Tarcísio acusou o ministro Alexandre de Moraes de exercer uma “tirania” e afirmou que “ninguém aguenta mais o que está acontecendo no País”. A declaração foi feita enquanto manifestantes gritavam “Fora, Moraes”.

Declaração de Tarcísio acirra tensão institucional

“Por que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais a tirania de um ministro como Moraes”, disse o governador durante o ato. Segundo ele, o Supremo estaria extrapolando suas competências.

Gilmar Mendes nega acusações e defende atuação do STF

Nas redes sociais, Gilmar Mendes rechaçou as falas do governador e afirmou que não há “ditadura da toga” nem ministros agindo como tiranos. “O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”, escreveu o ministro.

Contexto político e institucional

A fala de Gilmar ocorre em um momento de crescente tensão entre setores do Judiciário e lideranças políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os atos na Paulista reuniram apoiadores do ex-mandatário e autoridades como o próprio Tarcísio, que já foi ministro da Infraestrutura no governo anterior.

O ministro ainda alertou que o Brasil “não aguenta sucessivas tentativas de golpe”, referindo-se à necessidade de respeitar os limites institucionais e preservar a democracia.

Repercussão

As declarações de Gilmar Mendes geraram apoio de juristas e entidades da sociedade civil. Segundo especialistas, o posicionamento do STF é crucial para conter discursos antidemocráticos e garantir a estabilidade política no país.