
O ministro da Economia, Paulo Guedes, demitiu nesta quarta-feira (11), o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. O ex-secretário vinha defendendo a adoção de um novo tributo sobre transações financeiras, com possível criação admitida por Guedes – uma reedição da extinta CPMF.
O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assume interinamente o posto. Nesta semana, o governo anunciou novos planos, como alíquota começaria em 0,19% e, em dois anos, atingiria 0,67%.
O governo já confirmou a proposta de reforma tributária, mas afirma que o texto só será divulgado após o aval do presidente Jair Bolsonaro e do próprio ministro da Economia.
Alvo de críticas de especialistas, um novo imposto sobre pagamentos já criava resistência antes mesmo da apresentação da reforma tributária o governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, contestou publicamente a possibilidade de que a criação do imposto seja aprovado pelo Congresso Nacional.
Cintra é defensor do imposto sobre pagamentos desde a década de 1980 quando o economista americano Edgar Feige introduziu o conceito em estudos feitos pela Universidade de Wisconsin.
Durante a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro negou que reedição de um imposto sobre pagamentos estivesse em seus planos de governo. “Votei pela revogação da CPMF na Câmara e nunca cogitei sua volta”, escreveu ele no Twitter em setembro de 2018.
Agora presidente, Bolsonaro admitiu a criação do imposto. “Já falei para o Guedes: para ter nova CPMF, tem de ter uma compensação para as pessoas. Senão ele vai levar porrada até de mim”, declarou Bolsonaro na terça-feira (03), em um café da manhã no Palácio da Alvorada.
Fonte: Veja
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		