Jair Bolsonaro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, foi recebido com aplausos na Marcha para Jesus – pela Família e para o Brasil, evento organizado por evangélicos, que iniciou às 9h, em frente do Palácio do Buriti e desde 10h30 se concentra ao lado do Clube do Choro. 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também está presente no evento e mostrou apoio ao presidente A Polícia Militar informou que não contabilizou o número de pessoas presentes, mas organizadores estimam 15 mil pessoas. 

Até às 10h30, três faixas do Eixo Monumental, lado Sul, estiveram fechadas. Depois deste horário, todo o tráfego de veículos foi impedido. Motoristas tiveram que mudar o trajeto para o Parque da Cidade. 

Bolsonaro chegou pouco depois das 11h e ficou até às 11h40. Ele foi chamado de “mito” por apoiadores em diversas ocasiões e foi apresentado pelos organizadores como o único na história do Palácio do Planalto que “reconhece que Jesus é Jesus”. 

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Durante o discurso, que durou 14 minutos, Bolsonaro criticou a esquerda e a imprensa, e ainda declarou que a ideologia de gênero é do “capeta”. Ele relembrou do apoio dos evangélicos durante a campanha eleitoral. 

“Além do milagre da minha vida, o milagre da nossa eleição. Tive apoio de grande parte dos evangélico no período inicial das eleições. Isso foi decisivo. O que eu falava durante a campanha eu já falava anos antes. Desde 2010, quando apareceu nos governo que nos antecedeu as questões de multifamílias”, afirmou Bolsonaro. 

“Se querem que eu acolha isso, apresente uma Emenda Constitucional e modifique o artigo nº 226, que diz que família é homem e mulher. E mesmo mudando isso, como não dá para emendar a bíblia, eu vou continuar acreditando na família tradicional”, acrescentou, aplaudido. 

“Vocês tem pela primeira vez na história do Brasil um presidente que está honrando o que prometeu na campanha, que acredita da família e que vai respeitar a inocência das crianças nas salas de aulas. Não existe conversinha de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta. Tenho certeza que o governador Ibaneis não vai admitir isso no DF”, disse, ao lado do chefe de Ibaneis. 

Fé, oposição e imprensa

De acordo com Bolsonaro, “a todo momento” a população brasileira escuta que a “esquerdalha do PT, PCdoB, PSOL, nojenta” defender que o estado é laico. “Mas eu, Jonnie Bravo, sou cristão. Aqui, nesse carro e pátio, somos cristãos”, disse, antes de ser ovacionado com gritos de “mito”. 

“Respeitamos todas as religiões e quem não é cristão. Mas a maioria dos brasileiros é cristão e ponto final. O Brasil é um só povo, uma só raça e um só coração. É uma bandeira e meia: Brasil e Israel”, afirmou o presidente.

Bolsonaro também alfinetou a imprensa e relembrou que assinou, “com a caneta bic”, uma medida para que as empresas não sejam obrigadas a publicar balancetes nos jornais. 

De acordo com ele, não é retaliação à mídia e vai em direção à modernização, já que os dados empresariais poderão ser acessados no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Diário Oficial da União, de forma gratuita. 

“Não estamos desafiando nenhuma instituição, mas não aceitaremos pressão para manter nichos qualquer que seja em causa própria”, afirmou no início do discurso. “Levantamento preliminar os jornais vão deixar de ganhar R$ 1,2 bilhão. Estamos atacando nichos que oprimiam a sociedade”, acrescentou Bolsonaro. 

Ele ainda afirmou que o governo está facilitando a vida de todos e que está em luta com o Judiciário para acabar com os pardais no Brasil. “Tenho certeza que o governador vai brigar. Ninguém consegue andar no df sem ser multado. Isso é covardia. Vai acabar com essa roubalheira em Brasília”, disse ao lado de Ibaneis. 

Fonte: Correio Braziliense