O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, foi intimado pela Polícia Federal, nesta terça-feira (14), para depor no inquérito que investiga o pagamento de propina por empresários com interesses na administração pública. Seu depoimento deve ser prestado ainda nesta semana, e a investigação corre na Superintendência da PF do Distrito Federal.
As suspeitas sobre o filho do presidente envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
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O documento aponta que Jair Renan é associado com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.
De acordo com a PF, o grupo tem interesses junto ao governo federal e presenteou, em setembro do ano passado, Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil.
A PF deve produzir o relatório final para apontar se houve cometimento de crime por parte do filho mais novo do presidente.