
Nesta semana, durante entrevista ao jornal Correio Braziliense, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que pretende privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras se for eleito para presidência em 2022.
Doria declarou que acha necessário criar um fundo regulatório que equilibre os preços dos combustíveis e do gás, caso haja aumento no mercado internacional.
“Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram”, declarou.
“Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás.”
Além disso, o governador disse que não pode “falar em nome do PSDB”, mas que a privatização do Banco do Brasil também é uma de suas pautas presidenciais, se vencer as próximas eleições.
“Se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador”, afirmou João Doria.
‘Brasil será entregue atrasado’
Além das propostas caso seja eleito, João Doria também voltou a atacar o atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro Paulo Guedes. O governador disse que após as eleições de 2022, economicamente, o “Brasil será entregue arrasado” e que “esse é o pior governo da história da República”.
“É um desastre completo. Veja a inflação. Aumento do óleo de cozinha, 30%; arroz, 36%; açúcar, 12%; farinha, 15%. Todos com dois dígitos. Não há novos investimentos. Qual a grande política econômica do Brasil? Não há. Não tem projeto, como não tem também para a educação”, exclamou Doria.
“A saúde é exemplo mundial de inépcia. Vamos para a área ambiental: o Brasil hoje é um país isolado na comunidade internacional pelas suas agressões ao meio ambiente. Terra arrasada. Efetivamente, terra arrasada”, continuou.
João Doria ainda destacou que o Brasil precisa de um pacto que una pautas sociais e liberais. “Educação, geração de empregos, saúde e proteção ambiental. São quatro prioridades para serem atacadas em harmonia. Vamos precisar ter um pacto pelo Brasil, um pacto social e liberal ao mesmo tempo. Liberal para que possamos desestatizar a economia. E fazer um pacto com outros partidos para garantir a governabilidade”, finalizou.
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