João Doria com bandeira do Brasil
Foto: PSDB/SP

Neste sábado (27), o governador de São Paulo, João Doria, venceu em primeiro turno as prévias do PSDB e será candidato à Presidência da República na eleição do ano que vem, pelo partido.

Logo na primeira fase de votação, Doria recebeu 53,99% dos votos, superando assim o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, com 44,66%, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, com 1,35%.

Por problemas no aplicativo de votação, as prévias que começaram no último domingo foram interrompidas e foram concluídas apenas neste sábado. Essa é a primeira vez que o PSDB recorre às prévias para escolher o candidato às eleições presidenciais.

Após o anúncio do resultado, Arthur Virgílio afirmou que a prioridade agora será “unir o partido”. “Vamos ter que romper qualquer laço do PSDB com o bolsonarismo. Não tem emenda que valha isso, não tem circunstância que valha isso. Nos temos que começar a fazer justiça aos nossos militantes”, declarou.

Eduardo Leite afirmou que o partido tomou a “decisão absolutamente soberana” e que tem seu reconhecimento”. “Desejo a ti toda a sorte, a força, para lutar a luta que tem pela frente”, disse à João Doria.

Discurso

Após o anúncio, Doria ressaltou em seu discurso realizações de figuras do partido nos governos e atacou rivais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, prováveis adversários na eleição presidencial do ano que vem.

Na ocasião, falou em vencer “a corrupção e a incompetência”.

“Os governos Lula e Dilma representaram a captura do estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país, a moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios. A péssima gestão da economia com Dilma nos legou dois anos de recessão e desemprego”, declarou.

Já para o presidente Jair Bolsonaro, Doria disse que ele “vendeu um sonho e entregou um pesadelo”. “Nosso fraterno Brasil se transformou no Brasil da discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da arrogância política. Da violência contra a democracia. Dos ataques à imprensa e a jornalistas”, disse.