Justiça condena Bigardi e PSD a pagarem R$ 300 mil a ex-secretário
Justiça condena Bigardi e PSD a pagarem R$ 300 mil a ex-secretário

O ex-prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi, e o partido em que ele concorreu as últimas eleições municipais, o PSD, foram condenados pela 5º Vara Cível de Jundiaí a pagar dívida de aproximadamente R$ 300 mil ao ex-secretário de comunicação de sua gestão, o publicitário Cristiano Guimarães.

De acordo com reportagem do Jundiaí Agora, Guimarães deixou o cargo à época para trabalhar na campanha de reeleição de Bigardi, nas eleições municipais de 2016.

Alegando não ter recebido R$ 230 mil referente aos serviços prestados durante a campanha, o ex-secretário entrou na Justiça há cerca de três anos. O valor de R$ 300 mil deve-se à correção monetária.

O advogado de Guimarães, Douglas Mondo, afirmou ao Jundiaí Agora que Bigardi e o PSD contestaram os argumentos da ação alegando exceção de pré-executividade e fizeram um termo de confissão de dívida entre pessoas jurídicas.

Guimarães argumentou, no entanto, que a pessoa que assumiria a prefeitura caso Bigardi conseguisse a reeleição seria física e não jurídica.

A decisão da condenação é da juíza Maria Cláudia Moutinho Ribeiro, que julgou tanto a defesa de Bigardi como do PSD improcedentes. Agora, o processo volta a tramitar e o próximo passo seria a penhora de bens.

Em nota, o ex-prefeito Pedro Bigardi afirmou ao Tribuna que, na época, o valor de R$ 230 mil, referente aos serviços prestados pelo ex-secretário, foram lançados na Prestação de Contas e aprovados pela Justiça Eleitoral. Disse, ainda, que “de fato houve o trabalho que foi realizado e pago apenas parcialmente”.

Bigardi questiona, no entanto, “a quem cabe a responsabilidade do pagamento, se é dívida solidária entre o candidato e o partido ou cabe a uma das partes”. Ele afirmou que vai recorrer.

Já o PSD de Jundiaí, por meio de nota, informou que “não foi informado a respeito de qualquer decisão judicial” e também citou a aprovação das contas da campanha pela Justiça Eleitoral.

“Assim que houver um comunicado oficial, o departamento jurídico irá se inteirar do assunto e, caso haja necessidade, apresentará recurso”, diz ainda a nota.