Jogo do Tigrinho
Foto: Tribuna de Jundiaí

A partir desta semana, pessoas com vício em jogos de azar, como o popular “jogo do tigrinho”, poderão buscar atendimento gratuito nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do Estado de São Paulo. A medida foi garantida pela lei 18.186/25, sancionada na segunda-feira (25/8) pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e publicada no Diário Oficial.

O texto institui o Programa Estadual de Conscientização e Tratamento aos Malefícios dos Jogos de Apostas On-line e Cassinos Físicos, reconhecendo oficialmente a dependência como uma questão de saúde pública.

Como vai funcionar o atendimento?

De autoria do deputado estadual Rômulo Fernandes (PT), a lei determina que o tratamento seja feito por equipes multidisciplinares, incluindo psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais.

Entre as medidas previstas estão:

  • capacitação técnica de profissionais especializados;
  • criação de grupos terapêuticos para suporte contínuo;
  • reintegração social dos pacientes.

Assim como já ocorre em outros tipos de dependência, o encaminhamento poderá ser feito via Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou diretamente nos Caps.

O risco do vício em jogos de azar

Em entrevista ao Metrópoles, a psicóloga e psicanalista Lilian Beiguelman, da Universidade de São Paulo (USP), explicou que o vício em jogos funciona de forma semelhante a outras compulsões.

“Compulsão à repetição, que no contexto dos jogos de azar, pode se manifestar como um ciclo vicioso em que o indivíduo continua a apostar, apesar das consequências negativas que se sobrepõe como endividamento financeiro no caso dos jogos de apostas. A sensação de abstinência pode ser considerada um indicador do vício, seja ele qual for”, disse.

Segundo a especialista, a terapia pode oferecer alternativas para lidar com o problema. “Na psicanálise, as sensações não são tratadas como causa e efeito, muitas vezes não são acessíveis tão instantaneamente. Um sintoma é visto como uma forma inconsciente de lidar com algo que não necessariamente é a prática de algo, mas um modo de funcionar, de pensar”, acrescentou.

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